NÓS

Chapter 31: Capítulo 30



Chapter 31: Capítulo 30

Dançava com as meninas todas as músicas, a cada minuto que passava a festa enchia mais e eu já

tinha localizado vários gatos.

As vezes dava a louca e até dançava na direção de uns para provocar.

Tinha decidido que essa noite eu iria aproveitar bastante, sem pensar em nada. Apenas curtir o

momento.

Tomei três shots de tequila de uma vez só com um pessoal e tratei de providenciar um copo de cerveja

já que o meu eu tinha esquecido em algum lugar que não fazia a mínima ideia. Gusta e Naty tinham

sumido fazia um tempo e realmente Lya estava certa, o dragão iria entrar na toca hoje. Pedro estava

com um pessoal do colégio e a piranha da Lya sumia toda hora. Não me importava de ficar sozinha já

que eu estava alegre por conta da bebida eu me divertia sozinha dançando.

Mesmo não gostando da Mariah eu tinha que concordar que as festas dela eram as melhores, tinha

todos os tipos de bebidas e só os melhores DJ's.

— Só tem homem gato aqui — Lya apareceu do nada — Nossa senhora sem freio da bicicletinha,

estou até perdida.

— Vou ter que concordar com você, Piranha — disse um pouco alto por causa do som e beberiquei

minha cerveja.

— Está com o gás todo hoje, hein — sorri — Não vou carregar ninguém não.

— Deixa de ser chata — comecei a dançar — Vem.

Nós dançamos juntas a música que tocava e algumas pessoas até se juntaram a nós. Um dos

meninos que eu encarei se aproximou a mim e eu comecei a sarrar no mesmo conforme a música.

Fiquei de frente pra ele e juntou nossos corpos pela minha cintura.

— Posso saber o nome da loira mais gata e gostosa da festa? — disse no meu ouvido.

— Manuela — sorri.

— Prazer, Benício — sorriu e eu me apaixonei na mesma hora, que sorriso lindo.

Benício era alto e musculoso, sua pele era clara, os cabelos loiros num corte militar, tinha um maxilar

marcado e seus olhos eram Azul-ensolarado.

Ele era um tremendo de um gato.

Dançamos mais um pouco juntos e não demorou muito pra ele me roubar um beijo. Desceu sua mão

até minha bunda e deu uma leve apertada e ao mesmo tempo mordeu meu lábio inferior. Eu sentia o

gosto forte de energético enquanto o beijava e por falta de fôlego nós paramos.

Conversamos um pouco antes de eu dar um sumiço, não queria passar minha noite toda com macho

no meu pé. Sentei nas cadeiras altas do bar e pedi dois shots de tequila e um copo com Whisky com

gelo.

— Melhor você ir com calma, Manuzinha — reconheci a voz na hora e gelei. Não era possível.

Eu sabia desde o início que as probabilidades de encontrá-lo aqui eram grandes mas ao decorrer da

festa eu acabei esquecendo e até cogitei a ideia de ele não estar aqui.

Pelo visto tinha me enganado.

— Obrigada pelo o conselho, Gael — tomei os dois copinhos de tequila de uma vez — mas eu sei me

cuidar sozinha — peguei o copo com Whisky e pisquei.

Ia deixá-lo falando sozinho mas o mesmo me puxou pelos braços fazendo que nossos rostos ficassem

próximos e meu sangue ferveu na hora.

— É assim que se trata um velho amigo? — deu um gole na cerveja e me olhou.

— Você nunca foi meu amigo — soltei meu braço de sua mão — Agora me deixa em paz antes que

esse copo quebre na sua cabeça.

Já fazia um tempo que o não via e estava ótimo desse jeito. Não ia deixar Gael atrapalhar minha noite,

ele não me comandava mais e não tinha mais o controle das minhas emoções como antes e nunca

mais iria ter. Gusta, Naty e o resto estavam perto da piscina, fui em direção aos mesmos passando

pela multidão, a festa estava mais que lotada.

— Ora, ora, ora.. — dei um gole no meu Whisky — Se não são os pombinhos, o que vocês foram

fazer, hein? — cerrei os olhos.

— Até você, Manuela — Gusta rolou os olhos e nos rimos.

— Agora é só esperar nove meses, galera — Lya gritou e Naty deu um tapa em seu braço — Ai, doeu!

Um pessoal se juntou a nós e nós fumamos, bebemos e dançamos todos juntos. Essa festa estava

sendo tudo o que eu precisava, muita bebida e muita diversão.

..

Poderia dizer que noventa e nove das pessoas da festa estavam mais que loucas e eu estava incluída.

Tinha misturado todos os tipos de bebida possíveis e participei de quase todos os vira-vira da festa.

O Gael não me encheu mais o saco, pra falar a verdade, eu nem o vi mais depois daquilo e dei graças

a Deus. Fiquei com dois meninos, ambos gatos e seus nomes eram Pablo e Danilo.

Minha visão estava completamente embaçada, só enxergava borrão e eu não sabia se isso era por

causa das bebidas ou pela bala que colocaram no meu copo. Não gostava de ingerir drogas mas hoje

eu estava no modo turbo e não queria saber de nada.

Só de curtir, curtir e curtir.

Deixei o pessoal conversando e fui procurar o banheiro, eu estava sentindo uma vontade de fazer xixi

fora do normal. Com muito dificuldade eu achei o banheiro, ele ficava no segundo andar e o corredor

do mesmo estava cheio de gente se beijando.

Entrei e tranquei a porta, a música que no corredor estava de estourar os tímpanos agora tinha

reduzido quase cinquenta por cento e tinha ficado um som abafado. Coloquei meu copo e meu celular

em cima da pia do banheiro e tirei o salto alto, meus pés estavam latejando. Subi o vestido até a

barriga e sentei no vaso fazendo xixi. A sensação de alívio era maravilhosa e quando se está bêbado

parece que fica três mil vezes melhor.

De repente coloquei a mão na barriga após sentir uma cólica horrível e gemi baixinho de dor. Não

sentia cólica a muito tempo e a dor era quase insuportável. Assim que a mesma aliviou, levantei me

ajeitando e dei descarga. Lavei minhas mãos e por uns segundos fiquei olhando meu reflexo no

espelho.

Achei estranho a cólica mas deveria ser normal da gravidez.

Quando ia destrancar a porta a dor voltou com tudo e duas vezes pior. Eu suava frio e minha vontade

era de gritar, não sabia o que estava acontecendo comigo e a cada segundo que passava a dor ficava

pior. Apoiei uma mão na bancada do banheiro e tentei controlar minha respiração rezando para que

essa dor diminuísse mas nada adiantava. Têxt © NôvelDrama.Org.

Senti que minha calcinha estava molhada, coloquei a mão na mesma e meu coração disparou quando

vi meus dedos sujos de sangue. O que estava acontecendo? Era o bebê?

Peguei meu telefone, procurei na lista de contatos o número de Diego, eram três da manhã e

provavelmente ele estaria dormindo mas eu não tinha mais ninguém pra me ajudar além dele.

— Atende, atende — disse gemendo de dor.

Ligação on.

— Alô — a voz de sono era perceptível.

— Diego — falei ofegante, com a mão na barriga - E-eu..

— Manuela? — interrogou com a voz confusa.

— Eu preciso de você, eu acho qu-que tô per-perdendo o bebê..


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