Capítulo 48
Capítulo 48
Daniel não tinha aquela vibe de fácil aproximação como a de Carlos.
Bruno mantinha um s
n sorriso enquanto dizia: “Será que o Sr. Marques poderia me contar qual funcionário do Grupo Griera tá caidinho por você? Queria ver se eu conheço o elemento.”
Carlos não se fez de rogado e disse: “Claro, a gente até trocou uma ideia no WhatsApp agora há pouco. É ela, dá uma olhada.”
Carlos passou o celular para Bruno, que mostrava a selfie de uma mulher.
Quando Bruno viu o rosto da mulher, piscou surpreso e falou para Carlos: “Há algo que não sei se devo lhe contar.”
“Desembucha, Bruno! Desde quando você ficou com esse receio todo?” Carlos guardou o celular,
ainda com um sorrisão nos lábios.
Bruno pigarreou discretamente, fazendo um gesto de punho fechado próximo à boca, e disse: “Essa mulher é a Jimena. Ela veio mais cedo no escritório do Sr. Griera pra acertar umas contas e pedir desculpas.”
Sim, ela se chamava Jimena, ela tinha feito questão de lhe dizer isso quando estava de saída.
Cheio de curiosidade, Carlos perguntou: “Ela pediu desculpas para o Sr. Griera? Por quê?”
“Foi porque os quatro filhos dela detonaram o sofá do escritório do Sr. Griera,” explicou Bruno.
Aquele sorriso no rosto de Carlos se apagou rapidamente, e o brilho nos seus olhos também
murchou.
“Você tá dizendo que ela é mãe de quatro crianças?” Carlos perguntou de volta.
Bruno apenas assentiu com a cabeça.
“Casada mulher, não! Deletei!” Carlos que até então achava a mulher uma gracinha, mudou de ideia na hora após ouvir Bruno e deu um block na coitada.
Bruno ainda tentou aliviar: “O marido dela já morreu faz tempo, talvez o Sr. Marques possa…”
“Eu não posso, absolutamente não! Detesto bancar o paizão,” cortou Carlos antes de Bruno
terminar.
Ele tinha uma regra clara: não se envolver com mulheres que já tinham filhos, viúvas então, nem pensar!
Carlos acreditava que não lhe faltavam opções, por que haveria de se interessar por uma viúva?
Carlos, que estava de bom humor, agora estava puto da vida e marchou para o escritório de Daniel.
Bruno observou Carlos se afastando, coçou o nariz e ficou na dele, descendo de elevador.
“Sr. Daniel, meu coraçãozinho tá machucado, hoje à noite você tem que sair comigo pra beber e curar esse coração que tá mais furado que peneira,” disse Carlos ao invadir o escritório, apoiando as mãos na mesa e se inclinando em direção a Daniel com uma carinha de sofrimento.
Daniel lançou um olhar profundo e frio: “Vaza!”
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Carlos logo se agarrou no peito: “Ai, que dor! Sr. Daniel me mandou embora, tô arrasado.”
“Corta o drama!” respondeu Daniel, friamente.
Ter um amigo encrenqueiro como Carlos, mais complicado que mulher, era um mico para Daniel.
“Não posso te procurar pra dar um rolê, sem mais nem menos? Já faz um tempão que a gente não bate um papo regado, que tal hoje no Mundo Nublado? É pegar ou largar,” Carlos estava ali mesmo era para combinar a bebedeira.
A história do coração partido era só uma desculpa.
Daniel rabiscou seu nome na última página do contrato, fechou o documento e o guardou na pasta.
Com uma voz grave, ele respondeu: “Espera aí que eu tô enrolado.”
Ele também estava de saco cheio por causa de uns rolos com a Olivia e precisava relaxar.
“Beleza,” disse Carlos, entendendo a deixa e se jogando no sofá para tomar um chá enquanto
esperava.